Os selos no contexto histórico, referia-se ao selo de cera usados em pergaminhos ou cartas, essas só poderiam ser abertas pelo destinatário.
A bíblia diz:
E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.
E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?
E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.
E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.
E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.
Apocalipse 5:1-5
E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos.
Apocalipse 5:1-5
Jesus é o cordeiro de Deus, o destinatário do pergaminho e digno de abrir- lo e desatar os seus sete selos!
Aqui, na parte em que são aberto os sete selos, refere-se ao resumo do que há de ser cumprido em todo o Apocalipse. Logo vemos ser revelado a João quais são os agentes da grande tribulação, o porque das pragas, o destino dos que morrerão por amor a palavra de Deus e a vitória final do Messias.
O leitor poderá observar que todos esses cenários se repetem durante o livro de apocalipse, só que no capítulo 6 o ponto de vista é do céu, como Deus vê, aleluia! Que privilegio, que visão, que glória!
Prosseguindo com a revelação dos sete selos, podemos destacar os quatro cavaleiros do apocalipse. Quem são e a que virão?
“E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê.
E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.
E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem, e vê.
E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.
E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão.
E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.
E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê.
E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.”
Apocalipse 6, 1-8
A primeira coisa que devemos entender era qual seria o entendimento do apóstolo ao receber a revelação sobre os quatros cavalos e seus cavaleiros.
Para isso vamos resumir sobre a marcha do triunfo romano.
Quando o imperado romano vencia uma batalha, organizava-se uma marcha ou “desfile” onde o rei romano era transportado em una carruagem puxada por quatro cavalos.
Este recebia uma coroa de louro a após sacrificar aos deuses romanos, recebia o titulo de vir Triumphalis “homem de triunfo”, mais tarde conhecido como Triumphator “o que vence” para o resto de sua vida.
Representação de Marco Aurélio a esquerda e de Aemilius Paulus a direira.
Logo podemos analisar o contexto dos versos em Apocalipse com mais clareza.
No capítulo 6 verso 2, vemos a menção a um arco. Quando um imperador romano saía vitorioso, era construído uma porta em forma de arco em homenagem a ao rei vencedor.
Acima, Arco de Constantino
Dai podemos entender que “os quatro cavaleiro do apocalipse” faz menção a uma “marcha do triunfo” na época do apóstolo João.
Nesses “desfile” era também comum ser apresentado o número dos mortos do exercito inimigo.
Agora podemos entender:
“saiu vitorioso e para vencer” significa que o que está assentado sobre o cavalo branco recebe o titulo de Triumphalis, e irá ganhar outras vitórias pois diz: “e para vencer” ou na língua da época, o latim “Triumphator“.
Veja o exemplo abaixo:
Triumphalis = vitorioso – semelhante em apocalipse:”saiu vitorioso”
Triumphator = vencedor – semelhante em apocalipse: “para vencer”
Essa “vitoria” é por meio da guerra, da fome e da propagação das doenças.
O cavalo branco
A bíblia já profetizara sobre a sua vinda:
Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.
E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.
Essa profecia diz respeito ao anticristo que fará um acordo com Israel de 7 semanas proféticas.
Você sabe quanto é uma semana profética?
Veja que as 69 semanas foram dadas dede a ordem de reedifica Jerusalém até o Messias. Se calcularmos uma semana como 7 anos, logo vamos entender as manas proféticas.
O período de 70 semanas proféticas dividido em três períodos ou
Quatrocentos e noventa anos 490 dividido em três períodos:
Primeiro período de 7 semanas (7×7)= 49 anos (Período para a reconstrução desde os muros e do templo em jerusalém) Veja Esdras capítulo 1
Então 62 semanas (62×7) = 434 anos.
Terceiro período de 1 semana (1×7) = 7 anos.
Sendo que as sete semanas mais as sessenta e duas semanas até a crucificação de nosso senhor foram cumpridas, mas após a ressurreição do Senhor Jesus, não vemos o acordo de paz do terceiro período (7 anos) se cumprir até o momento.
Desde a ressurreição de Cristo, foi aberto um vácuo no período profético descrito em Daniel e esse período só começará com acordo de paz com o anticristo ou (o cavaleiro branco)
Para entender mais sobre tempo profético no livro de Daniel, indicamos o site http://verdadeemfoco.com.br/estudo.php?id=56
Sobre cronologia no livro de Daniel: http://www.projetoomega.com/setenta.htm
E também um estudo sobre semanas proféticas do site slideshare.net:
Então, logo voltamos ao acordo de 7 anos e na metade desse tempo “3,5 anos” será desfeito o acordo.Então, passou as 62 semanas proféticas, como foi revelado ao profeta Daniel faltando a ultima semana de 7 anos. Esse é o tempo de angustia descrito no Apocalipse.
O cavaleiro branco diz respeito ao acordo de “PAZ” com Israel, dando novamente o direito de reconstrução do templo que está destruído.
Veja o que diz o apostolo Paulo:
A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira,
E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
Sim, ele virá com engano e em nome da justiça, paz e liberdade. Por isso o cavalo branco, mas um arco na mão. A mesma arma usada por Ninrode no livro de Gêneses.
O cavalo vermelho
O primeiro cavalo vemos que se refere a uma série de atitudes humanas inflamadas pelo mau. Logo os cavaleiros seguintes se referem também a atos humanos.
Ou seja. O anticristo virá e já opera em nome da “paz”, mas trará a guerra a peste e a fome.
“sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada”.
Estamos falando de uma grande guerra “grande espada“. Guerra essa, que o mundo nunca viu.
Parece contraditório alguém vir em nome da paz e trazer a guerra. Mas não é o que já temos visto nas guerras atuais?
Sim, para mudar a mentalidade de uma geração, durante a história, governantes tem feito uso dos conflitos e isso desde os tempos remotos.
- Os babilônicos queriam dominar o mundo e trazer um tempo de paz.
- Os gregos queriam trazer a razão ao mundo que estava preso a barbárie.
- Os romanos queriam trazer a luz da democracia ao mundo. E destruíram reinos.
Assim será as desculpas esfarrapadas do anticristo.
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