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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Jesus Concedeu ao Homem o Poder de Perdoar Pecados?

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É importantíssimo entendermos o que Jesus quis dizer quando disse aos seus discípulos: "aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos." (João 20:23)

 Muitos, entre os quais alguns cristãos sinceros, vêem nestas palavras de Jesus aquilo que o papa Francisco ontem descretou: "A partir de hoje, os padres católicos podem perdoar às mulheres que fizeram aborto."
Nem vou especular porque é que não lhes perdoavam antes, caso elas se confessassem arrependidas... Não há nenhum caso na Bíblia em que pecadores sinceramente arrependidos não fossem perdoados.


A primeira coisa que precisamos ter em mente, é que a Bíblia, sendo a Palavra de Deus, nunca se contradiz. E ela é muito clara quando revela o que os judeus, a quem tinha sido dada a lei, pensavam acerca disso: "Quem pode perdoar pecados, senão Deus?" (Marcos 2:7). Jesus, como Filho de Deus, podia e pode fazê-lo, mas homem nenhum tem esse poder. Mas, perguntas tu: "_ Então, porque é que Jesus disse que sim?"

Ele não disse isso! Para percebermos isto, é importante examinar as palavras que Jesus disse no contexto gramatical grego, língua na qual foi escrito o evangelho de João e começarmos pelo princípio, Mateus 18:18, que a ICAR usou a seu bel prazer para dominar um povo analfabeto das Escrituras. No seu “Comentário de Mateus”, D. A. Carson esclarece:

“... o que é que se pretende com esse “ligar e desligar” de pessoas, e ele é absoluto? E como ele se relaciona como o poder das chaves?
Encontramos uma ajuda substancial na comparação da denúncia dos mestres da lei feita por Jesus, em Lucas 11.52. Lá, foi-lhes dito que eles “se apoderaram da chave do conhecimento” e que não só não entraram eles mesmos [no reino], mas também “impediram os que estavam prestes a entrar”. Assim, claramente, pela forma como abordaram as Escrituras, diz Jesus, eles tornam impossível para os que caem sob a maligna influência do ensino deles aceitar a nova revelação feita em Jesus e entrar no reino. Eles apoderaram-se da “chave do conhecimento”.

Em contrapartida, é dito a Pedro, ao confessar Jesus como Messias, que ele recebeu essa confissão por meio da revelação do Pai e lhe serão dadas as chaves do reino: ou seja, ao proclamar “as boas-novas do Reino” (4:23), uma vez que ele, por meio da revelação do Espírito Santo, entende cada vez mais, ele abrirá o reino para muitos e o fechá-lo-á para muitos. Não se encontra o cumprimento disso em Atos em passagens como 15-10, mas sim em passagens como 2:14-39; 3.11-26, assim, por isso diz-se que o Senhor acrescentou à igreja os que estão a ser salvos (2:45) ou, em outras palavras, Jesus estava a edificar a sua igreja (Mt 16.18). Não obstante, a proclamação do mesmo evangelho aliena e exclui homens; assim também encontramos Pedro a trancar o reino para os homens (Atos 4:11,12; 8:20-23). Assim sendo, os futuros perfeitos perifrásticos [tempos verbais] são perfeitamente naturais: Pedro realiza esse ligar e desligar ao proclamar um evangelho que já foi dado e ao fazer a aplicação pessoal com base nisso (ver Simão, o mago). Tudo o que ele ligar ou desligar será ligado ou desligado, contanto que ele abrace o evangelho revelado divinamente. Ele não tem uma passagem directa para o céu, muito menos as suas decisões forçam o céu a aceder; mas ele tem autoridade para ligar e desligar porque o céu agiu primeiro (cf. Atos 18:9,10). Os que ele introduz no reino ou exclui dele já foram ligados ou desligados por Deus de acordo com o evangelho já revelado e apreendido de forma mais clara por Pedro, ao confessar Jesus como o Messias."

Então, em João 20:23, Jesus está a dizer que é Deus quem está a agir. O contexto do versículo é a missão dos discípulos de Jesus capacitados pelo Espírito Santo e o assunto é o evangelismo.

“Não há dúvida a partir do contexto que a referência é ao perdão de pecados, ou à negação do perdão. Mas embora isso soe duro e áspero, é simplesmente o resultado da pregação do evangelho, que ou leva os homens ao arrependimento quando ouvem sobre o pronto e precioso perdão de Deus, ou os deixa indiferentes à oferta de perdão que é o evangelho, e assim eles são deixados nos seus pecados.

As testemunhas de Cristo proclamam e declaram, e, capacitadas pelo Espírito vivem pela mensagem da sua própria proclamação; é Deus que efectivamente perdoa ou retém o pecado. Assim, o ministério cristãos é uma continuação do ministério de Jesus, por meio do dom do Espírito, a autoridade que Jesus exerce em, digamos, joão 9, é repetida nas vidas deles. Lá Jesus concedeu ambos, a vida e a fé para aquele que sabia que era cego; para aqueles que afirmavam ver, Ele declarou: “a vossa culpa permanece” (9:41). Assim, a retenção do pecado deles era tanto descrição quanto condenação. E o Paracleto que é dado como um dom aos seguidores de Jesus (v.22) continua essa mesma dupla obra por meio deles. “ (Comentário de João – D. A. Carson)

Portanto, ninguém pode perdoar pecados senão Deus!

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